Jeep completa 75 anos

Duas gerações da mesma marca: o MB de 1941 e o Renegade 2016
Divulgação

24/07/2016

Marca que nasceu durante a Segunda Guerra Mundial hoje é sinônimo de veículos de luxo para todo tipo de terreno

Edilson Viiera
Repórter de Veículos

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) os exércitos contavam com um veículo para transporte de soldados ágil, capaz de operar em qualquer terreno e ainda transportar carga e armamentos. Não havia nada melhor que um bom cavalo.  Mas, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, o automóvel já era bastante utilizado nas cidades.

Faltava uma versão militar que substituísse a antiga montaria animal. Assim, por uma necessidade de guerra, o exército dos Estados Unidos lançou em caráter de urgência um edital convidando 135 empresas a apresentar o projeto de veículo leve, com tração 4x4 e peso máximo de 590 quilos. O prazo para apresentação do protótipo era bastante curto: 49 dias. Apenas três fabricantes atenderam o chamado, mas a Willys-Overland foi escolhida para ser a principal fornecedora. Nascia o GPV (General Purpose Veichle - veículo de uso geral). Logo abreviado para as iniciais GP.

O veículo ganhou a simpatia dos militares pela eficiência e versatilidade. Nesta mesma época, fazia muito sucesso nas revistas em quadrinhos o marinheiro Popeye (criado em 1936). Popeye tinha como mascote um ser especial, dotado de poderes mágicos e capaz de resolver qualquer problema. Seu nome: Eugene, o Jeep. Não demorou e a pequena viatura militar deixou o jargão burocrático “GP” e virou Jeep.  O nome acabou sendo registrado e o 4x4 militar passou a ser vendido para o público civil, originando uma linha de veículos que depois se tornaria uma marca famosa mundialmente e sinônimo de carros para enfrentar qualquer terreno sem perder o conforto.

No Brasil, o Jeep chegou na década de 50, fabricado pela Willys-Overland. A marca teve duas fábricas no País. Uma localizada em São Bernardo do Campo (SP) e outra em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Os veículos produzidos no Brasil foram o Jeep, a perua Rural, e a picape F-75, além de modelos de passeio como o Gordini e o Aero Willys.  O Jeep foi fabricado no País até 1982, dessa vez pela Ford que adquiriu a Willys na década de 70.

Lá fora, a empresa seguia uma carreira diferente. A Willys-Overland foi comprada pela American Motors no final dos anos 60. Entre 1980 e 1987 chegou a pertencer a francesa Renault que pouco a pouco foi adquirindo as ações da fabricante norte-americana. Até que, nos início dos anos 80, já sob o comando da poderosa Chrysler, a Jeep se tornou a empresa com o formato que é hoje, referência em veículos utilitários de luxo mas que nunca abriram mão da vocação off-road do início de sua história. Foi em 1987 que o modelo Jeep passou a se chamar Wrangler, nome que adota até hoje.

A Jeep começou uma nova fase em 2014, quando houve a fusão da italiana Fiat com a norte-americana Chrysler, surgindo a FCA (Fiat Chrysler Automobiles). A nova empresa é o sétimo maior fabricante de automóveis do mundo e tem presença em cerca de 150 países. A Jeep está bem acompanhada. As outras marcas do Grupo são: Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Lancia, Ram, SRT, Ferrari e Maserati, além de Mopar (acessórios). O Jeep Renegade é o primeiro produto desta nova fase. A empresa está focada nos mercados globalizados, tanto que o Renegade é o primeiro Jeep produzido fora dos Estados Unidos. Além da fábrica de Goiana (PE), inaugurada no ano passado, a Jeep instalou unidades industriais em Melfi, Itália, e Guangzhou, na China.

Fonte: JConline


Jeep Renegade começa a ser vendido no dia 10 de abril

Revenda exclusiva da Jeep, do Grupo Fiori, em Afogados
Ricardo B. Labastier/JC Imagem

12/03/2015

Uma rede de 120 concessionárias vai vender o carro no Brasil

O Jeep Renegade, produzido na fábrica da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em Goiana, começa a chegar às lojas de todo o Brasil no dia 10 de abril. Nesse momento do lançamento, 120 concessionárias vão comercializar o carro. Até o final do ano, esse número de revendas vai subir para 200 no País. No Recife, além da Sael que já comercializa a marca, três lojas exclusivas vão oferecer o Renegade e outros modelos Jeep, e outras duas serão inauguradas no interior, nas cidades de Caruaru e Petrolina. A fábrica será inaugurada no dia 28 de abril, com presença da presidente Dilma Rousseff e do presidente mundial da FCA, Sergio Marchionne.

Segundo informações da assessoria de comunicação da FCA, entre os dias 23 e 25 será realizado o evento oficial de lançamento do Renegade no mercado brasileiro, com festa no Rio de Janeiro. Na ocasião serão revelados os preços das três versões do carro (Sport, Longitude e Trailhawk). No mercado, a expectativa é que fique entre R$ 70 mil e R$ 110 mil. No próximo dia 18, a comunicação da FCA vai fazer o anúncio da rede de revendedores, apontando os Estados e o número de pontos de venda.

Na página oficial da marca (www.jeep.com.br) um cronômetro marca os dias, as horas e os minutos que faltam para o lançamento do veículo. Os primeiros mil compradores poderão ganhar um dos quatro acessórios (barra transversais, porta-objetos flexível, geladeira portátil e protetor de banco para animais) oferecidos pela marca. 
No site também é possível utilizar a ferramenta "monte o seu carro", que traz detalhes das versões, conjunto mecânico, paleta de cores e opcionais.

No Recife, os grupos Fiori e Via Sul terão revendas exclusivas em Afogados, na Imbiribeira e na Agamenon Magalhães. No mês passado, a FCA anunciou a saída da linha de produção do primeiro Renegade made in Goiana. A fábrica está operando a todo vapor para fazer estoque e atender às concessionárias. 

JEEP CJ5













Jeep: de veterano de guerra a ícone off-road

Necessitando de um aumento de frota durante a Segunda Guerra, Willys e Ford fabricaram 600 mil veículos  Foto: Banco de Dados / Divulgação

Concebido durante a Segunda Guerra Mundial, utilitário inspira segmento na indústria moderna

Jeep é uma marca registrada atualmente pelo Chrysler Group LLC, agora comandado pela Fiat. Mas o termo jipe virou sinônimo de automóveis destinados ao off-road, ou fora de estrada. A denominação inicial ainda existe, no conglomerado ítalo-americano, com os Jeep Grand Cherokee, Compass e Wrangler. Atualmente, as trilhas e as aventuras por terrenos difíceis e sempre deslumbrantes, em veículos dotados com modernos equipamentos e dispositivos, representam mais do que um esporte. Viraram um estilo de vida.

Como outros ícones da indústria automotiva ou de qualquer outra área, a origem do nome Jeep tem variações. Duas, porém, são as mais interessantes. O termo seria uma adaptação da pronúncia em inglês da sigla GP (general purpose), em livre tradução, “para uso geral”.

Mais curioso e divertido vem com outra versão. Em fase de testes, antes de ser incorporado ao exército norte-americano para a II Guerra Mundial, o utilitário foi avaliado pelo sargento James T. O’Brien, ligado à 109ª companhia, em Fort Ripley (Charleston). Especialista em mecânica, o militar teria chamado o veículo de Jeep, em referência ao personagem Eugene the Jeep, de 1936, da história em quadrinhos Popeye, de E. C. Segar. Eugene the Jeep era uma criatura mágica, amável e exótica, de sexo indeterminado, com poder de ir e vir a todos os lugares e de resolver qualquer tipo de problema. Semelhante ao futuro (para a época) veículo off-road.

A partir de 1938, quando a Europa estava se transformando no palco do conflito, o exército norte-americano divulgou aos fabricantes que estava fazendo pesquisas sobre um carro leve de reconhecimento, para substituir as motos com reboque lateral, tradicionalmente usadas em missões avançadas. C.H. Payne, da American Bantam Car Co., apresentou no verão de 1939 um projeto com três veículos, pesando 580 quilos cada. Depois de testados, todos foram recusados por serem muito leves e sem utilidade militar.

Em 1940, Karl Probst, engenheiro da Bantam, entregou um protótipo chamado Blitz Buggy em Fort Holabird (Baltimore). Gene Rice, do escritório de projetos da Willys-Overland, estava entre as pessoas que assistiam aos testes. Admirado com a agilidade e resistência do veículo Rice retornou a Toledo para trabalhar no seu projeto. No final daquele ano, dois protótipos da Willys foram oferecidos aos oficiais em Fort Holabird. Denominados Quad, tinham tração em duas ou quatro rodas, provocando revolta na Bantam, que acusou a rival de espionagem.

Do conflito para as ruas

Também expectadora na apresentação em Fort Holabird, a Ford resolveu construir a sua versão do veículo militar. Ao final do processo de criatividade, os protótipos da Bantam, Willys e Ford tinham muitas semelhanças. Mas as especificações de potência e de peso (1,09 mil quilos) da Willys agradavam mais aos oficiais do exército.

Em julho de 1941, a empresa ofereceu condições mais vantajosas e a possibilidade de produção de 125 veículos por dia, em um total de 16 mil por ano. Necessitando de um aumento da frota, o exército exigiu que a Willys enviasse os desenhos à Ford. Durante a II Guerra, as duas montadoras fabricaram 600 mil veículos. A Bantam entregou somente 2,67 mil, a maior parte indo para a Inglaterra e a União Soviética.

Após o final da guerra, a Willys registrou o nome Jeep e assumiu a versão civil do utilitário. No Brasil, o carro foi lançado nos anos 1950. Foi produzido até o início da década de 1980 pela Willys-Overland e pela Ford, que herdou os projetos durante a guerra e assumiu depois o controle da concorrente e, mais tarde, da Chrysler.

Gerações do rato do deserto

Em 1966, a TV norte-americana estreou a série The Rat Patrol, exibida no Brasil com o título de Ratos do Deserto. As histórias eram ba-seadas nos combates dos Aliados, a bordo dos primeiros jipes, contra os exércitos da Alemanha e da Itália no norte da África, mas tinham poucas semelhanças com a história real, a começar com os personagens: em vez dos britânicos do grupo original, comandado pelo major Ralph Alger Bagnold (1896-1990), a série tinha como protagonistas soldados norte-americanos, que nunca participaram daquelas batalhas. Ratos do Desertos utilizava exemplares dos Jeep fabricados durante a guerra.

A Land Rover é uma das pioneiras e mais conceituadas na fabricação de veículos off-road. Em 1947, os irmãos Willys, diretores da fábrica britânica, tiveram a ideia de produzir um modelo para o público civil. Usaram uma adaptação do chassi robusto de um Jeep Willys da II Guerra, com motor a gasolina Rover e caixa de câmbio e tração traseiras. Em 1948, o carro foi apresentado no Salão de Amsterdã, com a produção começando em 1949.

Além dos Jeep Willys e Ford, o mercado brasileiro já teve a Rural – também das duas fabricantes –, o DKW Candango, o Toyota Bandeirante e o Lada Niva. De 1971 a 1972, os primeiros protótipos da versão russa foram fabricados com teto de lona e motor Fiat 1.3. O off-road teve produção de 90 mil unidades por ano em seu auge. A configuração com chassi monobloco, suspensão dianteira independente e traseira de feixe de molas do SUV russo eram uma novidade para a época.

Fonte: Zero Hora

Jeep


6º ENCONTRO ESTADUAL DE VIATURAS MILITARES





11/11/2012

O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA) realizou o 6° Encontro Estadual de Viaturas Antigas, evento que encerrou as comemorações dos 85 anos do centro. O encontro teve como finalidade reunir colecionadores deste segmento, difundir a preservação de viaturas militares antigas e confraternizar com os proprietários destes veículos. As atividades tiveram início às 08h00, contando com a presença de diversos visitantes, civis e militares, que prestigiaram o evento com sua presença, e foram encerradas por volta das 17h00.

Confira as fotos:




























Fotos: Carlos Nascimento